terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Seminários apresentam o Diagnóstico Regional na Baixada e Litoral Norte



O Projeto Litoral Sustentável – Desenvolvimento com Inclusão Social irá apresentar os resultados do Diagnóstico Regional Urbano Socioambiental Participativo que realizou a partir das pesquisas em 13 municípios do Litoral Norte e da Baixada Santista.  Os eventos acontecerão em Santos, no próximo dia 14, e em Caraguatatuba, no dia 20 de dezembro de 2012

O objetivo dos encontros é apresentar para a sociedade civil, gestores municipais e estaduais, além de empresários e demais interessados o Diagnóstico Regional realizado pelo Instituto Pólis, debater os resultados dentro de temas e apontar para os próximos passos do projeto no ano que vem.

Endereços dos Seminários

Baixada Santista - O seminário acontecerá em Santos, na Faculdade de Educação Física da Universidade Metropolitana de Santos – Fefis/Unimes – Rua Conselheiro Nébias, 536.

Litoral Norte - Acontecerá em Cararaguatatuba, no Centro Universitário Módulo recebe o evento, na Av. Frei Pacífico Wagner, 653, Centro.


Dinâmica do Evento

Manhã

9h: Abertura com representantes do Instituto Polis, Petrobras, Governo do Estado, Governo Federal, e de fóruns e redes regionais da sociedade civil.

10h: Apresentação dos Principais Resultados do Diagnóstico Regional Urbano e Socioambiental

11h as 13h: Debates

13h as 14h: almoço

Tarde

14h as 16h: Detalhamento do Diagnóstico Regional em Grupos Temáticos:

1. Cultura
2. Educação
3. Saúde
4. Segurança Pública
5. Segurança Alimentar
6. Moradia e Condições de vida
7. Resíduos sólidos urbanos
8. Desenvolvimento econômico e Turismo

16h – Café

16h15 as 18h –Sessão de Encerramento


TRANSMISSÃO AO VIVO EM NOSSO SITE. Com possibilidade de interação e participação no debate via internet.

www.litoralsustentavel.org.br

Sabesp mantém esgoto na areia das praias em Itanhaém-SP

Ecosurfi flagra obra ilegal embargada pela Secretaria do Patrimônio da União em pleno funcionamento



Pela manhã, nesta quinta feira (06), na praia do Satélite o barulho das máquinas já era possível ouvir nas primeiras horas. No local, apenas alguns surfistas e turistas aproveitando o dia de sol e céu azul. Mas essa realidade desenhada para o que seria um dia perfeito, era testemunha da continuação de um crime contra as praias da cidade de Itanhaém – litoral sul de São Paulo.

Descumprindo uma determinação do órgão que administra toda a zona costeira brasileira, a Secretária do Patrimônio da União – SPU, a Sabesp, empresa responsável pelo tratamento de esgoto no estado de São Paulo, ao invés de cumprir a determinação do órgão federal, que a obrigou a retirar todo tronco coletor de esgoto na areia das praias itanhaenses, estava cimentando os postos de vistoria para evitar "novos vazamentos".

O problema 

Desde o final do ano de 2010 cidadãos e representantes de organizações não governamentais buscam resolver um problema de saneamento ambiental na cidade, gerado por meio da implantação do Programa Onda Limpa, que ao invés de ser a solução de uma situação precária que afeta todo o Brasil, se configura como um ato ilegal promovido pela Sabesp, compania que deveria zelar pela qualidade ambiental dos recursos hídricos.

Nos 26 quilômetros de litoral que Itanhaém possui a Sabesp implantou em cerca de 15 km uma rede coletora de esgoto, chamada de tronco coletor, na areia da praia, tudo sem o devido licenciamento ambiental, gerando um enorme dano nesse frágil ambiente, a saúde das pessoas, além de prejuízos paisagísticos e turísticos.

Segundo o que determina a legislação federal, qualquer intervenção na área da praia, não importa se permanente ou temporária, necessita de autorização da Secretaria de Patrimônio da União, o que não ocorreu nessa obra.

No final de 2011 a Sabesp foi obrigada pela SPU a retirar toda tubulação da areia das praias, conforme medida proposta pelo órgão federal, depois de confirmada a falta de autorização da Sabesp para realizar os trabalhos na faixa de areia, bem como a ausência de licença ambiental e de justificativa técnica que comprovasse a necessidade dos trabalhos naquela área – o que depende de aprovação da secretaria.

Embargo

De acordo com o coordenador do escritório regional da SPU na Baixada Santista, Sérgio Martins, em matéria ao Jornal A Tribuna, caso se confirme o descumprimento da notificação, será entregue à Sabesp um auto de embargo. O documento poderá ser entregue a um funcionário da empresa que estiver no local da obra. “Tem um buraco lá”, lembra Martins. “Caso eles estivessem tomando uma medida para fechar o buraco, isso não configura uma obra, é uma providência (para não oferecer risco às pessoas ou prejudicar o andamento posterior da obra). É isso que vamos constatar. Se eles continuaram a obra, vamos fazer o auto de embargo”.

Se isso ocorrer, ainda segundo o coordenador da SPU na Baixada, o órgão entrará com uma ação, com pedido de liminar (decisão judicial provisória), para que a Sabesp paralise os trabalhos imediatamente.

As estruturas instaladas pela Sabesp têm início na Praia do Suarão e seguem até o Centro. Depois, aparecem novamente no Cibratel I, indo até o Gaivota. No total, os poços podem ser vistos em um trecho de cerca de 15 quilômetros.

Movimento Praia sem Esgoto 

O Movimento Praia Sem Esgoto é formado até então por cidadãos e instituições do município de Itanhaém. A pauta do movimento é a retirada imediata da rede de esgoto implantada pela SABESP nas praias da cidade. Entre os objetivos esta a revisão participativa do projeto Onda Limpa para o município e o fortalecimento do controle social dos projetos de saneamento básico, com mais transparência do planejamento e da aplicação dos recursos.



Saiba mais: www.praiasemesgoto.blogspot.com.br

Almanaque Ecológico do Lucas



O “Almanaque Ecológico do Lucas” visa promover uma reflexão sobre a preservação do meio ambiente junto às crianças. O livro chama a atenção da sustentabilidade de nosso planeta de uma maneira divertida e interessante.

Apresentado pelo personagem Lucas, o duende ecológico, o almanaque apresenta textos com uma linguagem simples e didática, ilustrações e passatempos que incentivam práticas que conscientizam sobre a importância da preservação ambiental. O Almanaque Ecológico do Lucas é destinado para professores, alunos e escolas de todo o Brasil.

Com o objetivo de dar suporte aos professores que buscam conteúdo e atividades de apoio à educação ambiental, a iniciativa da criação do almanaque foi desenvolvida pelo cartunista Léo Valença que em 2010, organizou um livro de coletânea intitulado “Aquecimento Global em cartuns” que reuniu cartunistas de vários cantos do país na publicação.

A poluição dos rios e mares, a destruição das florestas ou o desmatamento em geral, o problema do lixo nas grandes cidades, e bairros, o avanço tecnológico versus preservação da natureza, entre outros problemas ambientais são colocados ao leitor, de maneira a conscientizá-lo da necessidade de ver o que se passa ao seu redor e de agir de maneira a não contribuir para o aprofundamento dos problemas ali denunciados (ou a tentar minimizá-los).

O “Almanaque Ecológico do Lucas” visa contribuir ainda mais com a disseminação de valores fundamentais para construção de um mundo mais sustentável entre o público infantil de forma lúdica e descontraída.

O livro pode ser comprado pelo site da editora PoD – Print On Demand ou seja, você encomenda seu livro e só depois disso ele é impresso. Com isso, nada de estoques parados nem de desperdício de papel. Dessa forma, a impressão sob demanda usa os recursos naturais de forma racional e inteligente, contribuindo para garantir a médio e longo prazo um planeta melhor.

Acesse o link abaixo:

http://www.podeditora.com.br/livros/infantis/

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Jovens se unem em Itanhaém por liberdade de expressão

Por: João Malavolta


Cidade terá sua primeira “passearte” em favor do graffiti e a cultura de paz e não violência 

A juventude de Itanhaém se reúne no próximo dia 15 (sábado) para mostrar a sua indignação contra o cerceamento da liberdade de expressão na cidade.  Grafiteiros, skatistas, músicos, surfistas entre outros, marcam presença no ato público que vai ser realizado a partir das 16h na Praça Narciso de Andrade, centro.

A mobilização toma como estratégia de organização atividades lúdicas e artísticas, que vão buscar chamar a atenção da população de Itanhaém para as dificuldades que os jovens encontram para expressar suas manifestações artísticas e culturais, numa afirmação, que a arte produzida pelas juventudes vem sendo desvalorizada nos últimos anos pelo poder público local e setores da sociedade.

A concentração para o ato de protesto vai acontecer às 14h na Pista de Skate, localizada no bairro do Jardim Mosteiro, de onde vai partir uma grande passeada, que deve percorrer as principais ruas e avenidas do centro da cidade.

Durante a preparação da “Passearte”, como o evento esta sendo chamado pelos organizadores, serão produzidos cartazes e faixas, que vão conter textos com a poesia das ruas, além da escrita confeccionada por artistas da região. Em meio ao percurso algumas intervenções artísticas devem acontecer pelo caminho para encher as ruas com arte pelo sentido crítico.

O ato de encerramento com a leitura do manifesto pelo direito a liberdade de expressão, que acontece no centro de Itanhaém (ladeira) após a passeata, vai permitir que todas as vozes sejam ouvidas num grande recital de poesia, artivismo e música.

Serviço

Mobilização
Data: 15 de setembro
Local: Pista de Skate – Jardim Mosteiro
Horário: 14h
Maiores informações: 13 9785 9413
Realização: Movimento de Apoio ao Graffiti de Itanhaém por uma Cultura de Paz e Não Violência e Liberdade de Expressão

Para participar, qualquer cidadão preocupado com a repressão a liberdade de expressão pode aderir ao movimento marcando sua presença e levando a sua voz no dia das atividades.

sábado, 10 de março de 2012

Surfistas engajados por justiça socioambiental

Ecosurfi representa a comunidade do surfe na mobilização nacional contra as alterações do Código Florestal em Brasília/DF
Ecosurfista no espelho d'água
Mais de 1,5 mil pessoas se reuniram em frente ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (07/03), para protestar contra a aprovação do projeto de lei do novo Código Florestal (PLC 30/2011) e mostrar a importância dos manguezais e zonas costeiras. A ação também marcou o encerramento das mobilizações da campanha nacional Mangue Faz a Diferença, coordenada pela Fundação SOS Mata Atlântica, com apoio da Rádio Eldorado e do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, uma coalizão formada por quase 200 organizações da sociedade civil brasileira.

Representando a comunidade do surfe, a ONG Ecosurfi levou para capital federal surfistas engajados com pranchas e uma “carta gigante” em tecido com a frase “Veta Dilma”, que continha assinaturas de centenas de pessoas participantes da mobilização nacional “Remando por um Mundo melhor”, que aconteceu no litoral dos estados de SP, RJ e SC no mês de fevereiro. A carta possui uma grande prancha desenhada e ficou exposta em frente ao Congresso Nacional.

Carta Veta Dilma
Estiveram presentes cientistas, deputados, estudantes e ONGs como a WWF e o Greenpeace, além de integrantes de movimentos como a Via Campesina e MST.

O projeto de lei que altera o Código Florestal já sofreu inúmeras mudanças, porém continua anistiando e incentivando o desmatamento. Para as ONGs ambientalistas, o texto aprovado no Senado é um pouco melhor que o da Câmara, mas ainda extremamente ruim para o Brasil. Por isso, elas defendem que a única solução agora é o veto da presidente.

Para as lideranças pesqueiras que estiveram no ato, a aprovação de um novo Código Florestal trará danos irreversíveis não só para a população ribeirinha e rural como também para a urbana. “O mangue é o berçário dos peixes. Com o novo Código Florestal várias espécies se extinguirão e farão falta à mesa dos brasileiros.” – afirmou Cícero Oliveira, da Associação Ribeirinha Amigos do Meio Ambiente (Aribame).

Surfistas engajados
Ao todo, foram 36 mobilizações em 13 Estados do País desde o lançamento da campanha Mangue Faz a Diferença, no dia 24 de janeiro, no Fórum Social Temático, em Porto Alegre (RS). Com 87 instituições que aderiram à iniciativa, as ações da campanha atingiram cerca de 50 mil pessoas.

A mobilização teve início às 8h, em frente à Catedral, e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Às 11h, os manifestantes participaram de uma reunião com deputados na Câmara e, depois, se dividiram em grupos para visitar e pressionar os parlamentares de seus Estados.


Cenário atual do Código Florestal
Os principais problemas da proposta do Código Florestal é que estimula novos desmatamentos, anula multas de crimes ambientais, reduz Áreas de Preservação Permanente (APP) e de reservas legais e desobriga a recuperação da grande maioria das áreas ilegalmente desmatadas.

Apesar dos pedidos de cientistas, juristas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais para que o processo seja revisto e realizado de forma responsável, o Projeto de Lei deverá ser votado na próxima terça feira (13/03).

Confira a galeria de fotos



Texto: SOS Mata Atlântica

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Santos se mobiliza contra o Novo Código Florestal


Campanha #manguefazadifereca mostra à sociedade que as alterações do Código Florestal afetarão diretamente toda zona costeira do Brasil.

Para alertar e mobilizar a sociedade na Baixada Santista/SP sobre o impacto das alterações do Código Florestal nos manguezais e zonas costeiras, a Fundação SOS Mata Atlântica, diretamente em parceria com a ONG Ecosurfi, realiza, dia 26 de fevereiro, a campanha “Mangue Faz a Diferença” – Remando por um Mundo Melhor na cidade de Santos/SP.

Este movimento é composto por organizações de todos os estados brasileiros que possuem litoral com Mata Atlântica e traz em sua agenda manifestações programadas em diversas praias, além de um ato em Brasília no início de março. A campanha conta com o apoio do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, uma coalizão formada por 163 organizações da sociedade civil brasileira, responsável pelo movimento “Floresta Faz a Diferença”.

Como parte da campanha, também foi lançado o Manifesto A Favor da Conservação dos Manguezais Brasileiros. Segundo o texto do documento, “além dos sérios problemas que já vêm sendo denunciados por cientistas, ambientalistas, especialistas em legislação e organizações da sociedade civil – a exemplo da anistia e da redução da proteção em áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente –, representando um grave retrocesso na proteção das florestas, o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados e o substitutivo do Senado atingem também os ecossistemas costeiros e estuarinos, notadamente os manguezais brasileiros, em toda zona costeira do país.”

Em seguida, o documento lista os principais problemas trazidos para esses ecossistemas e pede providências às autoridades. O manifesto pode ser acessado na íntegra em http://bit.ly/manguefaz.

Manifestação “Remando por um Mundo Melhor” leva surfistas e remadores para protestar em favor dos mares e oceanos

Santos está entre uma das principais cidades do Brasil por possuir o maior porto da América Latina, contudo, ainda conta com áreas de manguezais, que no decorrer dos anos estão desaparecendo sistematicamente, devido a ocupações irregulares, poluição por resíduos sólidos e expansão da área portuária.

Pretendendo chamar a atenção da comunidade do surf e demais públicos para os impactos que essas regiões sofrem, a cidade se prepara para receber no próximo dia 12/02 uma grande remada em defesa do litoral.

A proposta capitaneada pela ONG Ecosurfi, que há 12 anos atua na proteção das zonas costeiras, conta com a organização local da loja Surfsttore, da fabrica de pranchas New Advance, do Instituto Ecofaxina e Associação Santos de Surfe tem como foco principal alertar os praticantes do esporte sobre a interdependência dos ecossistemas costeiros e contribuir com o entendimento, de que, a saúde dos oceanos depende da preservação dos manguezais.

O ambiente da concentração e largada vai ser em frente ao Aquário Municipal. O percurso vai seguir a orla da cidade pelo mar, com os participantes remando bem próximo da areia para chamar a atenção do público presente na praia.

Para não remadores - Outro ponto forte da manifestação será a caminhada #manguefazadiferenca, que levara os “não-remadores” a andar pela areia conversando com os freqüentadores da praia sobre os objetivos da campanha.

Tanto remadores como não-remadores terão como ponto comum de encontro a Praça das Bandeiras no bairro do Gonzaga, para um grande ato público em defesa dos manguezais e de toda zona costeira.

Após o ato-público, na Praia do Gonzaga, vai acontecer em frente ao Aquário Municipal uma confraternização. Os participantes serão recebidos com música ao vivo e vão participar do sorteio de um bloco de SUP e um remo em fibra de carbono, oferecidos pela fábrica de pranchas New Advance, além de Kits da ONG Ecosurfi.

Marcelo Morais, proprietário da loja Surfsttore, e um dos organizadores do evento, garante que Santos deve refletir sobre o que pode acontecer com as áreas naturais preservadas da cidade caso o novo Código seja aprovado.

“Santos é uma cidade linda e ainda possui muitas áreas de manguezais que devem ser protegidas. As alterações no Código Florestal podem ser sinônimo do desaparecimento desses ambientes nos próximos anos e a saúde dos oceanos também dependem dos mangues”, comenta.

Reconhecido pelo importante trabalho em prol dos manguezais do estuário que compreende a região da cidade de Santos, o Instituto Ecofaxina fará parte da mobilização #manguefazadiferenca, trazendo sua equipe para permitir ao publico participante maior entendimento da importância dos manguezais na vida marinha.

De acordo com texto publicado na página virtual do Instituto Ecofaxina, os manguezais também desempenham importantes serviços ambientais como reguladores do clima.

“Os mangues são a espinha dorsal das costas dos oceanos tropicais, são muito mais importantes para a biosfera do oceano global [...]. E, embora essa mata de mau-cheiro lamacento não tenha o encantamento de florestas tropicais ou recifes de corais, uma equipe de pesquisadores observou que a linha costeira de plantas lenhosas fornecem mais de 10 por cento do carbono orgânico dissolvido fornecido ao oceano a partir da terra”. (texto extraído: www.ecofaxina.org.br)

Em Santos a campanha #manguefazadiferenca conta com a iniciativa nacional SOS Mata Atlântica, coordenação regional da ONG Ecosurfi e a organização local: Loja Surfsttore, fábrica de pranchas New Advance, Instituto Ecofaxina e Associação Santos de Surf. Além do apoio da Água Marinha, Okumura - Temakeria e Freshfish, Unisanta e Me2 ENTERTAINMENT.

Como participar

As inscrições podem ser feitas na Loja Surfsttore em Santos (Av. Pedro Lessa, 796 – Aparecida, das 9h às 19h) ou na Ecosurfi através do telefone: (13) 3426 8138 e também no dia do evento (26/02) a partir das 9h em frente ao Aquário Municipal.

*Programação:

09h - Concentração - em frente ao Aquário Municipal

09:30h - Retirada do kit #manguefazadiferenca

10:30h - Saída - Percurso do Aquário ao Gonzaga

11:30h - Manifestação Praça da Bandeira

13:30h - Confraternização - em frente ao Aquário

Cyberativismo - Sociedade Mobilizada

Internautas já podem acompanhar a mobilização e obter informações na fan page da campanha no Facebook (facebook.com/manguefazadiferenca), e manifestar seu apoio via Twitter com a hashtag #manguefazadiferenca. Informações, fotos e vídeos sobre as atividades, bem como os materiais da campanha e o manifesto estarão disponíveis ainda nesta semana no hotsite www.manguefazadiferenca.org.br.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ondas correm perigo: A Década da poluição no litoral paulista


Surfistas de São Paulo sofrem com o despejo irregular de esgoto nos últimos 10 anos


Por: João Malavolta

O verão chega e com ele também vêm os dias mais longos, água quente, finais de tarde com aquele pôr-do-sol incrível, além de horas e mais horas de surfe até o anoitecer. Essa sem duvida é a realidade para muitos surfistas que moram ou frequentam o litoral nessa época do ano, e que vivem isso como o melhor desse estilo de vida que o esporte possui.

Mas toda essa realidade que aparenta ser perfeita e recheada de positividade, hoje em dia, esta ficando cada vez mais comprometida devido às agressões que a zona costeira vem sofrendo pela contaminação dos seus ambientes com resíduos sólidos e derramamento de esgoto nas praias.

Se não bastasse a alta produção de lixo que não é reciclado e que por muitas vezes acabam se alojando na areia ou mesmo na água do mar, construções irregulares na faixa de praia e esgotos criminosos afetam os (8) mil quilômetros do litoral brasileiro, e mostram o tamanho do desafio que o País deve enfrentar para resolver problemas socioambientais complexos, que implicam males à saúde das populações que vivem e curtem seu lazer junto ao mar.

No estado de São Paulo os números da poluição em 2010 impressionam. De acordo com os dados oficiais do Relatório Anual de Qualidade das Praias Litorâneas da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, o Litoral Norte teve cerca de sete (7) em cada dez (10) praias, os mais altos indicies de poluição, ou seja, dos 83 pontos de medição que são analisados pelo órgão naquela região, apenas 29% estiveram próprios o ano todo, e a cidade de Ubatuba se destaca com duas praias impróprias na maior parte de 2010: Perequê Mirim e Itaguá,conforme os estudos.

Já na Baixada Santista as condições da balneabilidade permaneceram com uma pequena melhora se comparado os dados dos anos anteriores. Conforme o relatório, esse é o trecho do litoral paulista que possui o maior número de praias consideradas impróprias para banho de acordo com o balanço anual do órgão medidor.

A cidade de Praia Grande historicamente é a líder em problemas de saneamento, e o Guarujá surge como o município que voltou a melhorar a sua balneabilidade nesses últimos anos, como no inicio desta década, em que das 11 praias da cidade que recebiam a classificação apenas uma estava imprópria, a Praia do Perequê.

Conforme estes dados o litoral paulista ainda tem muito que melhorar quando o assunto é a qualidade das águas litorâneas. Para a bióloga pós-graduada em gestão e controle ambiental Ericka Friol, o estudo demonstra que todos esses problemas surgem pela falta de planejamento na ocupação da área costeira.

“Devido o nosso litoral na maioria do seu território ter sido povoado sem planejamento e muitas vezes de maneira irregular, falta saneamento bem estruturado para cada cidade, pois por questões físicas e geomorfológicas temos ambientes bem diferentes uns dos outros, e desta forma cada localidade deveria ter o seu projeto de saneamento que atendesse as características socioambientais do lugar sem comprometer a qualidade das praias”.

De acordo com a Bióloga esses problemas só se resolvem com investimentos públicos e melhora na educação das populações. “As pessoas devem primeiramente entender como os projetos de saneamento são elaborados e funcionam, para posteriormente apoiar na gestão, além disso, deve haver uma parceria entre o estado, municípios, universidades e sociedade civil para que cada parte interessada possa auxiliar no controle social desse sistema complexo, o saneamento básico.

Quem vai surfar num mar de poluição?

A resposta para essa pergunta hoje em dia, deve fazer parte do quê é discutido nas rodas de conversa dos surfistas pelo litoral.

A questão essencial que tem que ser destacada quando o assunto é o lixo e a contaminação das águas marinhas por lançamento de esgoto “in-natura”, é como surgem esses problemas e onde afetam no dia-a-dia de quem pega onda.

Em entrevista, o surfista do Guarujá Junior Faria, comenta suas impressões sobre a qualidade das praias e da água nos litorais do mundo, e afirma se assustar com tanto desrespeito ao meio ambiente nos picos de surfe.


O atleta que figura na elite do surfe brasileiro e mundial afirma que a contaminação da água do mar por lançamentos irregulares de esgotos fatalmente afeta a saúde dos surfistas pelo grande período de tempo que permanecem surfando. “Todas as partes do nosso corpo ficam cobertas pelo mar, algumas vezes até ingerimos água mesmo sem querer, portanto qualquer nível de poluição irá nos afetar de algum forma”, explica.

Atualmente um dos principais fatores que sobrecarregam a capacidade do saneamento ambiental nos litorais do mundo, esta diretamente associado ao aumento exponencial da população que mora nas zonas costeiras, o qual não vem acompanhado de investimentos públicos em coleta e tratamentos sanitários, além das ocupações irregulares em toda costa, que acentuam o problema e impactam todos os ambientes naturais. O surfista explica o caso do Guarujá com algumas reservas sobre os dados do Governo de São Paulo, que afirmam que a cidade obteve melhoras na qualidade de suas praias.

“Gostaria muito de saber exatamente o que o poder público tem feito para alcançar tais melhorias. O quê observo, é que o esgoto continua fluindo nas principais praias da nossa Ilha e o estado da orla é lastimável, nem serviços básicos como lixeiras na beira da praia se encontram em boas condições de uso”.

Segundo o atleta, quem está dando o exemplo quando o assunto é atitude para preservar o litoral é a sociedade civil organizada. “As iniciativas mais louváveis partem da galera local que organiza mutirões de limpeza nas praias. Posso citar a Associação de Surfe do Guarujá e a comunidade de surfistas locais da Praia do Tombo que inúmeras vezes organizaram ações de limpeza por conta própria”, ressalta.

O surfista também faz um alerta comentando que o problema da poluição no mar não é exclusivamente um fato que acontece só no Brasil.

Em viagens pelo mundo em busca de ondas perfeitas, muitas vezes o surfista encontra a paisagem comprometida com a contaminação dos ambientes pelas mais diversas formas de poluição. “Por incrível que pareça, as praias mais poluídas que já vi na minha vida foram às praias das Ilhas Maldivas. Encontrar uma quantidade tão grande de lixo num lugar tão abençoado foi um choque. Praticamente toda a faixa de areia ao redor de algumas ilhas que conheci por lá estavam tomadas pelo lixo. De tampas de privada, brinquedos e calçados até o clássico saco plástico. Tinha de tudo. Mas o que mais doía era ver a tripulação do barco em que estávamos hospedados, despejar todo o lixo produzido pela embarcação em alto mar, sem cerimônia”.

O atual representante do Brasil no circuito mundial de surfe profissional ainda garante que a comunidade do surfe pode fazer muito mais pelo cuidado com as praias, mares e oceanos.

“Acredito que poderíamos fazer mais, pela importância do mar em nossas vidas, deveríamos nos preocupar com a qualidade da água do mar do quê com a qualidade da bermuda que vamos vestir para surfar”, reflete.

Movimento #Praia Sem Esgoto


O Governo Estadual paulista iniciou em 2007 o programa Onda Limpa da Sabesp, que deveria significar recuperação ambiental no litoral, mas está sendo sinônimo de manobras políticas ilegais, de impacto ambiental, de falta de transparência e de má utilização de recursos públicos.

Em Itanhaém, o projeto instalou clandestinamente uma rede coletora de esgoto na areia da praia com bueiros de concreto, que vem prejudicando a qualidade ambiental do lugar pelo vazamento a céu aberto de poluentes, além do forte cheiro, que assombra quem pega onda nas praias da região.

Para combater tal crime e possibilitar uma reflexão regional sobre como andam as praias de São Paulo, foi criado o Movimento #PRAIASEMESGOTO.

A ação nasce como um movimento social regional, apartidário, composto por organizações sociais e cidadãos dispostos a mobilizar-se contra os danos socioambientais que o Programa Onda Limpa, da Sabesp, está deixando no litoral do Estado.

Para um dos coordenadores do Grupo de Trabalho de comunicação do movimento o Educador Ambiental Bruno Pinheiro essa ação está sendo um grande catalisador de parcerias entre a sociedade civil organizada, poder público e cidadãos.

“O movimento provocou de maneira rápida e nunca vista, quando o assunto é mobilização social, uma atitude positiva do poder público em resolver o problema da instalação de redes de esgoto na faixa de areia das praias da cidade de Itanhaém, haja visto, que através do movimento Praia Sem Esgoto a Sabesp está sendo obrigada pela Secretária do Patrimônio da União (SPU), a retirar toda a rede coletora de esgoto da areia das praias itanhaenses”.

De acordo com Pinheiro o Movimento é solidário também com moradores de todas as cidades do litoral brasileiro que sofrem com o despejo de esgoto na praia ou cujo serviço público é mal oferecido à população.

“Hoje podemos convergir idéias e atitudes afins entre as pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. Uma das forças nessas questões são as redes sociais como o Facebook, Blogs, Youtube, que servem para que todos possam expressar suas indignações frente a questões críticas que fazem parte desse contexto público”.

Para saber mais acesse: www.praiasemesgoto.blogspot.com


Como saber mais sobre a qualidade das praias no litoral paulista

A informação sobre a balneabilidade das praias é fundamental para que a população conheça as condições de uso das principais praias do Estado.

A divulgação das condições de balneabilidade é feita através da emissão de um boletim semanal, que é enviado para todas as prefeituras do litoral, órgãos de saúde e meio ambiente, órgãos envolvidos com turismo e a imprensa em geral.

Além disso, a CETESB possui atendimento telefônico gratuito (0800-113560) que informa diariamente sobre as condições das praias. E possível, ainda, obter essas informações acessando o site www.cetesb.sp.gov.br, entrando no item água e, em seguida, no mapa de qualidade das praias. Basta clicar no nome do Município desejado e a listagem de suas praias aparecerá, mostrando as respectivas condições de balneabilidade, representadas por uma bandeira à direita do nome da praia.

Nas praias monitoradas existem bandeiras de sinalização indicando as condições de balneabilidade se a bandeira for verde a praia está própria se for vermelha a praia está imprópria. (Fonte: www.cetesb.sp.gov.br)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Maça Verde de Jobs


Steve Jobs era realmente um homem inovador.

O símbolo da maçã vem basicamente da história bíblica, de Adão e Eva, da árvore da sabedoria e também de Newton e os estudos da gravidade, pois dizem que Newton estava encostado numa macieira e sente uma maçã cair, servindo de inspiração para o artista.


A primeira marca da Apple, desenhada por Jobs e Robert Wayne, o famoso terceiro sócio da Apple, é este acima e que foi substituído posteriormente pela maçã mordida, que significa a busca de conhecimento  e pelo lado bíblico, simbolizaria a sedução provocada pelos produtos . Vale considerar também, que a tradução de mordida é bite(inglês) e isso é para lembrar coisa de computador.  
                                                    
É de se imaginar também, que as pessoas sabem que o “i” de iPhone, iPad  ouiPod, significam inovação.
Steve Jobs sempre teve isso em mente: inovar.

A principal inovação deixada por Jobs é a cultura da energia limpa para os produtos eletrônicos.

Em 2007, fez uma promessa para ser a primeira companhia de computadores que iria eliminar progressivamente a pior das substâncias perigosas de todos os produtos da Apple.

Em 2008, a empresa já liderava a indústria de computadores praticamente livres de PVC e BFRs tóxicos (retardadores de chama bromados, usados para  inibir ou diminuir a taxa de combustão).

Hoje, todos os produtos Apple são livres destas substâncias perigosas e outras empresas como HP e ACER, estão seguindo a iniciativa de Steve Jobs, que deixou uma grande marca na luta por um futuro mais verde.

Claro que ainda falta muito mais para ser feito em termos de sustentabilidade e energia limpa, não só pela Apple, mas também por tantas outras indústrias que desejam contribuir para um futuro sustentável.

Além dos produtos inovadores de Steve Jobs, talvez esta marca, a marca “verde” seja a mais importante deixada por um homem preocupado em oferecer soluções reais para os desafios ambientais da atualidade.
Inovar é preciso.

Fonte: Ecochannel

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Jornalistas ambientais pré-RIO + 20



IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

 17 a 19 de novembro de 2011

Jornalistas ambientais se preparam para cobrir a RIO + 20
 
Os profissionais da mídia e estudantes começam a se aquecer para a cobertura da Rio+20 já em novembro deste ano, entre os dias 17 e 19. A oportunidade é o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (IV CBJA), realizado na cidade do Rio de Janeiro-RJ, pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental.
Quando a preocupação é com o desenvolvimento sustentável, a Rio+20 é a mais importante reunião na agenda mundial. Para colaborar com essa desafiadora cobertura da mídia, o IV CBJA contará com painéis, debates e oficinas voltados ao tema. A abertura dessa programação fica por conta do pensador Ignacy Sachs, ecossocioeconomista da École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris.
Outros temas em voga na agenda ambiental brasileira também serão tratados em palestras de inspiração, painéis e oficinas do CBJA: vão desde economia verde até o uso das redes sociais, passando por espiritualidade, resíduos sólidos e impactos das mudanças climáticas. Pela primeira vez o CBJA terá inscrições gratuitas, graças ao patrocínio master de Fundo Vale e Petrobras e patrocínio premium de Fundação Banco do Brasil, Itaú e Caixa Econômica Federal. Os interessados já podem se inscrever pelo site oficial www.jornalismoambiental.org.br

SERVIÇO:
O quê: IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Onde: PUC-Rio - R. Marquês de São Vicente, 225 - Gávea, Rio de Janeiro-RJ
Quando: 17, 18 e 19 de novembro de 2011

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Ana Carolina Amaral: carol@envolverde.com.br /             11 8639-3152 begin_of_the_skype_highlighting            11 8639-3152      end_of_the_skype_highlighting      
Site oficial: www.jornalismoambiental.org.br

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estudo mostra que avanço e recuo do mar mudam litoral brasileiro e ameaçam cidades

 Praia do Centro em Itanhaém/SP perdendo faixa de areia 
com o avanço do mar (foto: João Malavolta)

Por: Aliny Gama e Carlos Madeiro


O avanço do mar é um fenômeno registrado no litoral dos 17 Estados brasileiros banhados pelo oceano Atlântico. Levantamentos recentes apontam que, além de avançar em uma velocidade acima do normal em alguns locais, o mar também está recuando em parte significativa do litoral, o que vem mudando o mapa litorâneo. Especialistas preveem alterações ainda maiores nos próximos anos. 

O estudo “Erosão e progradação do litoral Brasileiro”, do Ministério do Meio Ambiente, é apontado como um atlas do litoral e mostra que o Estados enfrentam situações bem distintas, causadas não só pela ação natural do tempo, mas principalmente pelas interferências do homem com a mudança do curso dos rios e das construções à beira-mar. Em nenhum momento, o aquecimento global é citado como causa do avanço do mar, como chegou a ser apontado por ambientalistas.

Se historicamente o avanço do mar era considerado normal e inofensivo aos seres humanos, as construções litorâneas fizeram o assunto passar a ser visto como “fator de risco, implicando em questões econômicas e sociais.” A situação é apontada como mais preocupante nas regiões Norte e Nordeste.

A pesquisa aponta que “a falta de informações dificulta a tomada de decisões devido à falta de elementos para distinguir se o que ocorre é uma tendência natural, ou um ciclo no qual uma situação de desequilíbrio volta espontaneamente à normalidade.” A falta de informações leva as autoridades e especialistas a defenderem mais estudos específicos antes da implementação de obras de contenção do avanço do mar.

Situações graves

Coqueiro derrubado no Praião - Itanhaém/SP (foto: João Malavolta)

Todos os Estados foram analisados por pesquisadores e apontam para situações diferentes. A Paraíba é apontada pelo estudo como em situação “alarmante”. Segundo os dados, 42% do litoral registra erosão (avanço do mar) - o dobro das praias classificadas como “em equilíbrio”. Já 33% do litoral tem progradação (recuo) do oceano. Metade da costa, onde mora um milhão de pessoas, está ameaçada pelo avanço do mar. A Ponta do Seixas (ponto mais ao leste do país) corre o risco de ser engolida pela água nas próximas décadas e desaparecer do mapa, dizem especialistas.

A situação também é preocupante no Pará, onde a mudança na costa “é um dos fenômenos mais impressionantes entre os processos costeiros, que acabou transformando-se em um problema emergencial.” Dados analisados mostram que mais de 70% do litoral apresentou tendência de erosão nas últimas décadas - o maior índice entre os Estados -, enquanto menos de 10% apresenta recuo do mar.

Em Alagoas, a erosão causa “graves problemas ambientais”, e o Estado é classificado como de “alta vulnerabilidade”, por conta de sua geografia propícia ao avanço do mar, somada a interferências humanas. “A erosão marinha é mais evidenciada nos setores norte e central, sendo estes os mais ocupados e urbanizados do litoral alagoano”, aponta o texto. Em agosto, vários pontos da orla de Maceió foram danificados por uma das maiores ressacas do mar, que destruiu barracas em praias turísticas, como da Sereia, no litoral norte.

Ainda no Nordeste, a erosão marinha é um problema verificado em 33% das praias de Pernambuco. No Estado, obras como a construção dos portos e barragens de contenção para evitar alagamentos em Recife causaram o desequilíbrio ambiental. A construção de prédios em área de mangue também contribuiu para os sérios problemas, especialmente na região metropolitana de Recife, onde são registradas as maiores erosões.

Em Santa Catarina, o estudo também aponta que “pode-se constatar evidências erosivas na maioria das praias estudadas.” Fatores ambientais - como ondas, correntes e ventos - e o crescimento das construções em áreas impróprias seriam os principais responsáveis pelo avanço do mar que diminuem a faixa de areia. As praias de Armação, Barra da Lagoa, Canasvieiras e Ingleses são consideradas as mais afetadas.

A Bahia, que possui o maior litoral brasileiro, com mais de 1.000 km de costa, apresenta situação “confortável”, com 26% do litoral com avanço do mar, 6% de recuo e 8% estabilizado por obras de engenharia. O índice está considerado dentro de um padrão da média nacional.

Fonte: Uol

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Aquecimento Global em cartuns

A proposta do livro "Aquecimento Global em cartuns" é dar um alerta para a vida, no qual os cartunistas terão o desafio de mostrar o risco que o planeta e a humanidade correm. Desta forma, os autores participantes são convidados a fazer um traçado sobre as consequências do aquecimento global, e assim, despertar a sociedade para a seriedade do problema.

Os cartuns abordam a questão do aquecimento global com bom humor e bastante irreverência que visa expressar, através do humor gráfico, um alerta sobre a importância da preservação ambiental em nosso planeta.

O cartunista Léo Valença desenvolveu o projeto do livro em parceria com o portal Brazil Cartoon, que realizou um processo de seleção de cartunistas, onde foram selecionados 25 trabalhos inscritos para a publicação.

A coletânea visa criar um espaço de divulgação de novos talentos do humor gráfico e desenvolver uma reflexão sobre a questão do aquecimento global.

Cada cartunista selecionado e autor participante da publicação contribui com um cartum que ele desenvolveu sobre o tema. Os autores participantes são: Léo Valença, Leite, Jottas, Da Costa, Jorge Barreto, Alex Larcher, J. Bosco, Waldez Duarte, Alan Souto Maior, José Alves Neto, Casso, Ferreth, Kampos, Lederly Mendonça,  Jota A, Lex Franco, Gustavo Oliveira, Bira Dantas, Marcelo Rampazzo, Melo, Marcos Noel, Adriano Louzada, Moises Macedo, Max e Edra.

O livro poderá ser comprado pelo site da editora PoD neste link

A utilização do PoD – Print on Demand, impressão sob demanda – é um recurso de alta tecnologia de preservação do planeta, disponível há alguns anos e de eficiência comprovada. O que vem a ser o PoD?

Mais do que um recurso tecnológico, em si, o PoD é uma ferramenta de administração de recursos: ao invés de produzir estoques de livros impressos, estes são impressos à necessidade em que são requeridos. Dessa forma, evita-se desperdício financeiro e ambiental.


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Você sabe o que são os Parques da Copa?


COPA 2014

OS PARQUES DA COPA 2014
O Brasil será a sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e com isso o número de turistas no país tende a crescer nesse período. 
Com foco no aumento do fluxo turístico em 2014 nas Unidades de Conservação federais, entre elas nos Parques Nacionais, o Ministério do Meio Ambiente está construindo juntamente com o Ministério do Turismo uma parceria que visará atender os futuros visitantes. 
O intuito da parceria será melhorar a imagem do País por meio do turismo, da geração de emprego e renda, além da dinamização das economias locais. 
A expectativa é que possam ser investidos cerca de R$ 543 bilhões nos chamados Parques da Copa. O recurso será aplicado na conservação dos parques e na qualificação dos serviços prestados aos turistas que irão aos parques no período dos Jogos. 
Poderão compor o roll dos chamados Parques da Copa as seguintes UCs: 
Na cidade-sede Manaus devem ser as Reservas Extrativistas Tapajós-Arapiuns eRio Unini; os Parques Nacionais de Anavilhanas e do Jaú; e a Floresta Nacional do Tapajós;
Em Cuiabá devem participar do projeto os Parques Nacionais do Pantanal Matogrossense e da Chapada dos Guimarães;
Já em Brasília como cidade-sede dos Jogos, estuda-se a participação dos Parques Nacionais de Brasília e da Chapada dos Veadeiros;
Na capital mineira, Belo Horizonte, previsão da participação dos Parques Nacionais da Serra do Cipó e do Caparaó;
No estado de São Paulo, a Floresta Nacional de Ipanema e os Parques Nacionais do Itatiaia e Serra da Bocaina;
Em Fortaleza como cidade-sede, prevê-se os Parques Nacionais de Jericoacoara, dos Lençóis Maranhenses, e de Ubajara; além da APADelta do Parnaíba;

Nas capitais Natal e Recife como cidades-sede da Copa, são estudados para integrarem a lista os Parques Nacionais da Serra da Capivara e Marinho de Fernando de Noronha; a APA Costa dos Corais; e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio), em Itamaracá (PE);
No estado da Bahia estão previstos como Parques da Copa os Parnas da Chapada Diamantina e Marinho dos Abrolhos;
No Rio de Janeiro os Parques Nacionais pensados são Serra dos Órgãos e da Tijuca; além da Reserva Extrativista Marinha do Arraial do Cabo e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (autarquia vinculada ao MMA);
Em Curitiba, o Parque Nacional do Iguaçu;
E em Porto Alegre, os Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral.


#Contra-ponto

Governo Federal corta verba de Parques quase um ano antes da Cúpula Ambiental



Enquanto aumenta a pressão sobre as áreas protegidas do país com novas obras de infraestrutura, o governo federal corta verbas para a conservação da biodiversidade. O ICMBio (Instituto Chico Mendes), que gerencia os parques nacionais, teve seu orçamento de 2011 tesourado em 30%. De R$ 557,8 milhões previstos para 2011, o ICMBio só foi autorizado a gastar R$ 388,7 milhões. Em 2010 foram gastos R$ 461 milhões.

Uma das vítimas foi o projeto Parques da Copa, que revitalizaria unidades de conservação perto das cidades-sede da Copa-2014 para turbinar o turismo ecológico.

Considerando só os chamados investimentos (compra de equipamentos e reparo de instalações, por exemplo), o Brasil tem, neste ano, R$ 155 milhões de verba federal para aplicar em 310 unidades de conservação (uns 10% do território nacional).

É um quarto do valor de um único estádio da Copa, o de Brasília, e um péssimo cartão de visitas para o país que sediará no ano que vem a conferência sobre desenvolvimento sustentável Rio +20.

“O que a gente gasta, considerando a área, é uma gozação”, diz o presidente do ICMBio, Rômulo Mello. São R$ 2 por hectare. Quando a folha de pagamento é incluída, o valor é R$ 5, ainda assim uma ordem de grandeza mais baixo que o aplicado na Costa Rica ou no México.

Isso para não falar dos EUA. O NPS (National Park Service), órgão equivalente ao ICMBio, teve neste ano US$ 3 bilhões de verbas federais, ou R$ 145 por hectare protegido. “E a gente ainda reclama”, brinca David Barna, porta-voz do NPS.

A falta de verba federal obriga o ICMBio e os diretores dos parques brasileiros a serem criativos. Na Amazônia, 64 unidades recebem doações internacionais pelo programa Arpa. “No ano passado, 70% da minha verba veio do Arpa”, diz o diretor do parque dos Campos Amazônicos, Renato Dumont.

Um grupo seleto de 12 unidades consegue arrecadar boa parte do seu orçamento cobrando ingressos. No parque da Tijuca, que abriga o Cristo Redentor, foram R$ 13 milhões em 2010. O parque nacional de Brasília, segunda unidade mais rica do país, levantou R$ 1,1 milhão.

“O problema é que a nossa demanda aqui é cinco ou seis vezes maior que a verba”, diz Amauri Motta, diretor do parque de Brasília.

O economista Carlos Eduardo Young, da UFRJ, vê a situação como uma oportunidade perdida. Ele e colegas estimam que, em visitação, as unidades de conservação poderiam gerar R$ 1,8 bilhão por ano. Só com ICMS ecológico, parcela do imposto que alguns Estados destinam a municípios com unidades de conservação, foram repassados em 2009 R$ 402 milhões. No mesmo ano, o ICMBio gastou R$ 322 milhões.
Fonte: Folha e ICMBio

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