sexta-feira, 29 de junho de 2007

Expedição em veleiro pretende alertar para aquecimento global em oito estados

Por: Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Uma equipe multidisciplinar, com profissionais das áreas de Geologia, Ciências Biológicas, Oceanografia, Medicina, Engenharia, Climatologia, Psicologia e Filosofia, pretende lançar-se ao mar em março do próximo ano, com a proposta de promover debates e conscientização ambiental em sete capitais do Brasil - Rio de Janeiro (o ponto de partida), Vitória, Aracaju, Maceió, Recife, Natal e João Pessoa -, além de municípios no litoral da Bahia.

Seu meio de transporte nesta jornada será um veleiro de 15 metros, o Mistralis, mesmo nome da expedição, que recebeu o aposto de "Conscientizando e Velejando - Contra o Aquecimento Global".

Os viajantes estimam ficar nove meses no mar, período em que objetivam levar a 42 escolas e a 23 comunidades ações de Educação Ambiental e capacitação de agentes multiplicadores para promover a preservação do meio ambiente marinho; realizar documentários sobre os efeitos do aquecimento global e dos problemas encontrados no litoral do Brasil; análises de qualidade da água e pesquisas sobre os efeitos da elevação do nível dos mares. "Estamos organizando outras pesquisas científicas junto à Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a COPPE/UFRJ", antecipou a AmbienteBrasil Felipe Caire, o articulador da proposta. "Estaremos usando, promovendo e mostrando o uso de energias solar, eólica e de biodiesel, conforme os preceitos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL". Segundo ele, uma das principais vantagens da expedição é que, pelo mar, a equipe do Mistralis consegue alcançar lugares de difícil acesso, atingindo um público em geral não contemplado por outros meios.

A proposta é ambiciosa, mas o grupo já tem experiência comprovada. Em 2005, como um projeto piloto, o Mistralis partiu de Salvador para "conscientizar alunos dos Ensinos Fundamental e Médio e comunidades ribeirinhas, pesqueiras e costeiras da Bahia". Visitaram então mais de dez comunidades, cujos principais problemas detectados foram manguezais contaminados por resíduos químicos, acentuada erosão ao longo dos rios e poluição em seus leitos, turismo desordenado - ou seja, com significativos impactos ambientais -, descuido com o lixo, queimadas e escassez de pescado, entre outros.

A equipe do Mistralis buscou reverter esse quadro com palestras sobre a preservação do meio ambiente, oficinas de arte-reciclagem, aulas práticas em manguezais e praias, mutirões de coleta de lixo, criação de murais junto às comunidades de forma a sensibilizar os turistas a ter maior respeito pelos ecossistemas da região e aplicação de dinâmicas de grupo.

Ainda em fase de captação de patrocínios, a expedição lançou uma comunidade no site de relacionamentos Orkut (é preciso ser membro para acessar) e vem apresentando o projeto a potenciais parceiros.

Existe também um site onde interessados em ajudar e curiosos podem conferir narrativas e fotos da expedição de 2005 e maiores informações sobre o projeto (para visitá-lo, clique aqui).

Um comentário:

Bruno Pinheiro disse...

Hey Kbça!
Parabéns brother!
É disso que o planeta precisa, espaços democráticos de expressão, contra o monopólio comunicacional, dominador, padronizador e portantos e opressor das diferenças e culturas locais. Vamos observar a qualidade do que se divulga!
Já linkei lá no Verde Social!
Abçs!

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